Cupins e sua estrutura social e comportamento

Cupins e sua estrutura social e comportamento. Nem todos os insetos são verdadeiramente sociais (eusociais), o que os diferencia é o grau de organização e cooperação entre eles em aspectos reprodutivos, cuidados com a prole e divisão do trabalho. Desse modo, segundo o comportamento social, eles podem ser divididos em:

Eusociais: são organizados em castas, com clara divisão de trabalhos e cooperam no período reprodutivo, com todos do grupo contribuindo nos cuidados dos ovos e jovens. Portanto as abelhas, formigas e cupins são eusociais;

Subsociais: possuem alguns comportamentos de cuidado da prole, podem ser os machos, mas geralmente a fêmea que é responsável em proteger os ovos dos predadores e garantir o sucesso reprodutivo. Muitos grupos são considerados subsociais, entre eles: espécies de percevejos e besouros;

Solitários: não apresentam nenhum comportamento social. Não há cuidado com a prole, os ninhos solitários são feitos em lugares protegidos, uma vez que não há guardiões para os proteger. Os besouros rola-bosta são um exemplo de insetos solitários, outros são as baratas, espécies de grilos, besouros e vespas.

Cupins e a organização social 

Os insetos sociais vivem em sociedades divididas por castas, nas quais convivem diferentes gerações, cuja organização contribui para que a sociedade se mantenha funcionando. Os papéis de cada casta são bem definidos, são eles:

Rainhas – são responsáveis pela reprodução dentro do grupo, geralmente existe apenas uma ou duas. As formas de reprodução variam de uma espécie para outra. Portanto elas são maiores que as operárias para carregar os ovos e, via de regra, são alimentadas por elas. As fêmeas dos cupins após fertilizadas tornam-se desproporcionalmente maiores do que as operárias e põe milhares de ovos;

Machos Reprodutores – são indivíduos férteis, sua única função é realizar a fecundação das rainhas. Em abelhas e formigas, geralmente morrem logo após acasalar; nos cupins, os reis vivem junto com a rainha.

Operárias – são responsáveis por manter o grupo, recolhendo alimentos e oferecendo às rainhas e soldados, além de cuidar dos ninhos e dos jovens insetos. Não podem se reproduzir pois são inférteis;

Soldados – são responsáveis pela proteção da sociedade dos cupins, cuidando para que não seja invadida por predadores. Possuem mandíbulas adaptadas à defesa e são estéreis como as operárias.

Cupins

Os cupins são insetos pertencentes à ordem Isoptera, que vivem organizados em uma sociedade onde cada animal tem uma função definida. São encontrados no interior do solo ou da madeira e se alimentam principalmente de celulose. Fazem parte da sociedade dos cupins: os operários, os soldados, os reis e as rainhas.

Os operários são formados por machos e fêmeas estéreis, que constituem a maior parte dos indivíduos da sociedade. Portanto esses cupins têm funções como cavar túneis, coletar alimentos, cuidar das ninfas, etc.

Os soldados são machos e fêmeas estéreis dotados de cabeça grande, mandíbula e patas muito fortes. Portanto são animais muito agressivos que ficam responsáveis pela defesa do cupinzeiro.

Os reis e as rainhas são organismos férteis que emergem do cupinzeiro nos meses mais quentes do ano. Eles apresentam asas e são conhecidos por muitas pessoas como “aleluias” ou “siriris”. Após saírem do cupinzeiro, esses animais fazem uma revoada, principalmente em locais onde há lâmpadas acesas, e depois caem no solo e perdem suas asas. Machos e fêmeas se unem, formando casais, e saem à procura de locais apropriados para a construção do ninho, onde eles serão o rei e a rainha e darão origem a todos os indivíduos da sociedade. O cupim rei não morre após a fecundação e por isso ele consegue fecundar a rainha periodicamente. A rainha, por sua vez, consegue viver até 50 anos, colocando até três milhões de ovos por ano. Durante a gestação, o abdome da rainha fica repleto de ovos e aumenta muito de tamanho.

Alimentação

O cupim é um animal que não desperdiça os alimentos e por isso tem o hábito de ingerir o bolo fecal dos companheiros para aproveitar os restos que ainda não foram digeridos. Portanto aquele pozinho que vemos em móveis antigos que foram atacados por cupins são, na verdade, minúsculas bolinhas de fezes dos cupins.

Reprodutores

Na casta dos reprodutores encontramos o “rei” e a “rainha”. Portanto outros indivíduos da colônia também podem exercer funções reprodutivas, auxiliando o casal real na ampliação da colônia.

Os indivíduos reprodutores que auxiliam o casal real, são chamados de “reprodutivos suplementares ou secundários”. Portanto até onde se sabe, a formação desses reprodutores secundários pode ocorrer a qualquer momento da vida da colônia.

Operários

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Os operários podem ser tanto machos como fêmeas. Os operários, como o próprio nome sugere, são os responsáveis por toda a manutenção estrutural e funcional da colônia.

São os operários que constroem e mantêm as paredes do ninho, os túneis de prospecção de alimento, e todas as atividades relacionadas ao funcionamento da colônia.

Os operários recolhem o alimento, processam-no, e o fornecem “boca-a-boca” aos reprodutivos e aos soldados. Além disso, da casta dos operários podem se originar os reprodutores secundários, suprindo, desta forma, uma eventual ausência ou ineficiência de um reprodutivo primário. 

Assim, para o controle efetivo de cupins, não basta que a rainha seja eliminada, já que os reprodutores secundários podem retomar a reprodução, mantendo a colônia viva. É preciso ter certeza de que todos os operários da colônia foram mortos.

Os operários são normalmente de aspecto frágil, esbranquiçados e cegos. Portanto eles apresentam características morfológicas tão inconspícuas que, muitas vezes, é virtualmente impossível decidir se um dado operário pertence a uma espécie ou a outra.

Soldados

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Os soldados, em muitas espécies de cupins, são somente fêmeas e são primariamente responsáveis pela defesa da colônia contra predadores e outros intrusos, sejam estes vertebrados (tatus principalmente) ou invertebrados (formigas predadoras, por exemplo).

Os soldados também protegem os operários por ocasião da coleta de alimentos. Nestes momentos, podem irromper batalhas violentas entre duas espécies de cupins competindo pelo mesmo recurso. Portanto nestas batalhas, os operários também podem participar, executando a defesa do território tão efetivamente quanto os soldados.

Os soldados, por sua vez, são incapazes de recolher alimento, portanto, os danos por cupins são sempre causados pela ação direta dos operários. Os soldados apresentam morfologia tipicamente adaptada para defesa, tais como mandíbulas desenvolvidas, e tubos ou canais frontais responsáveis pela vazão de substâncias químicas de glândulas internas à cabeça.

Em algumas espécies, encontram-se somente mandíbulas ou tubos frontais. Em outras, é possível encontrar as duas características juntas. Portanto estas substâncias podem ser pegajosas, ou mesmo cáusticas, sendo muito efetivas na defesa dos cupins contra seus inimigos naturais.

Cupins construíram a maior estrutura do planeta no Nordeste brasileiro

Durante milênios, um minúsculo inseto ergueu uma das maiores estruturas jamais criadas por um ser vivo. Uma espécie de cupim, considerado uma praga na cidade, escavou milhões de montículos no nordeste do Brasil. Portanto mesmo sendo conhecidos pelos habitantes locais, sua extensão real só pôde ser comprovada após o desmatamento e os satélites revelarem sua grandeza: mais de 230.000 quilômetros quadrados salpicados de montes de terra divididos de forma regular, quase matemática.

“Os montículos sempre estiveram bem escondidos entre a vegetação seca da região (a caatinga) e geralmente quase não é possível vê-los. Os de fora só puderam observá-los após uma porção de terra ter sido desmatada para pastos”, diz o pesquisador da Universidade Estadual de Feira de Santana e coautor do estudo, Roy Funch. “Alguns moradores locais pensavam que haviam sido erguidos por cupins, formigas e outra criatura parecida. Mas para muitos, simplesmente estavam lá, formações naturais feitas por Deus que sempre existiram”, afirma.

Sempre não, mas há pelo menos 3.800 anos. A datação de uma amostra de murundus (como esses montículos são conhecidos na região) indica que muitos deles estão lá há milênios, o que os transforma em uma das estruturas de origem biológica mais antigas. E também não são obra divina e sim do Syntermes dirus, um cupim. Melhor dizendo, de colônias e colônias deles. Mas não são seus ninhos. É a terra que os insetos escavam enquanto buscam folhas caídas para alimentar a colônia.

Gigantesco

O estudo aprofundado dos murundus, publicado agora na revista Current Biology, mostra que há mais de 200 milhões divididos por 230.000 quilômetros quadrados da caatinga dos Estados da Bahia e Minas Gerais, uma extensão comparável à de todo o Reino Unido. Os autores do estudo estimaram uma densidade de 1.800 montículos por quilômetros quadrados. “É, de longe, a maior e mais extensa estrutura animal jamais encontrada”, afirma o entomologista da Universidade de Salford (Reino Unido) e coautor do estudo, Stephen Martin. Especialista em insetos sociais, Martin ajudou Funch a desvendar todos os mistérios dos murundus.

Tudo é enorme aqui. Cada montículo é formado por 50 metros cúbicos de solo, de modo que os cupins precisavam cavar 10 quilômetros cúbicos de terra, o equivalente ao necessário para levantar 4.000 pirâmides como a de Gizé. Mas mais do que a quantidade de terra movimentada, o que intriga os cientistas é a regularidade. Com pequenas variações, os montículos têm uma altura média de dois metros e meio e uma base de nove metros. Também fascina como estão regularmente distribuídos sobre o terreno. Os montículos distam entre si 20 metros em média, de modo que formam padrões geométricos regulares visíveis do ar e espaço. “Vistos de cima, formam um padrão, sempre aproximadamente com o diâmetro de dois montículos de distância entre um e outro, e nunca se tocam”, diz Funch.

Intrigante

A intriga tem a ver com dinâmicas de caráter biológico. De acordo com os autores do estudo, os cupins liberam duas substâncias químicas que criam uma espécie de mapa de feromônios que permite aos cupins “minimizar o tempo do trajeto de qualquer ponto da colônia ao montículo de entulho mais próximo”. Isso daria o limite inferior à distribuição dos murundus. O exterior viria da interação entre os mapas de feromônios das diversas colônias de cupins.

Esse mecanismo relacionaria os murundus do Brasil com outras criações geométricas naturais, como os círculos de fadas da Namíbia e Austrália e os mima do norte da América. Em todos esses casos parece funcionar um processo de difusão-reação já postulado pelo matemático, informático (e cada vez mais biólogo) Alan Turing.

Dedetização

Pode-se constatar que existe uma ampla variedade de recursos alimentares que são explorados pelos Isoptera. Essa grande variedade permitiu aos cupins ocuparem quase todas as regiões quentes e temperadas da Terra, ocorrendo em praticamente todos os ambientes terrestres, naturais ou modificados pela espécie humana. Em vista do exposto, esses insetos são encontrados nas matas tropicais e temperadas, cerrados, savanas, caatingas, restingas, mangues, campos, culturas, pastagens e cidade

Manter o ambiente sempre limpo e não acumular lixo são ações importantes para evitar a proliferação dessa praga, porém a forma mais segura de evitar uma infestação é realizando a dedetização do local.

Os profissionais da Kioto realizam uma visita técnica, identificam a origem e o grau da infestação e enviam por e-mail o orçamento.. 

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