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Abelhas sem ferrão são inofensivas?

Abelhas sem ferrão são inofensivas? Quando pensamos em abelhas, logo vem à cabeça a imagem de um inseto pequeno, com o abdômen rajado de amarelo e um pontiagudo ferrão. Essa imagem não está de todo equivocada, mas você sabia que também existem abelhas sem ferrão?

De fato, as abelhas nativas ou melíponas, como também são conhecidas, são maioria no Brasil, com cerca de 300 espécies. Elas vivem em diferentes ambientes, inclusive nas grandes cidades, fazendo ninhos no solo, em pedras, em troncos e até no alto dos postes.

O zum zum zum das abelhas sem ferrão

Se você já avistou essas colmeias pelo bairro ou topou com alguma na natureza, fique tranquilo(a)! As melíponas são completamente inofensivas, já que possuem o ferrão atrofiado.

A dieta deste tipo de abelha é basicamente composta de pólen ou néctar e, por isso, elas são importantes polinizadores, favorecendo a conservação e dispersão de muitas espécies de plantas. Mas, afinal, o que é polinização?

De flor em flor…

Ao se alimentarem, animais como pássaros, borboletas e abelhas acabam transportando grãos de pólen de uma planta para outra, viabilizando a geração de novos frutos e sementes. A este processo, damos o nome de polinização. Portanto quando as sementes caem no solo, podem se desenvolver, dando origem a uma nova planta.

As duas principais consequências da polinização são:

A manutenção da biodiversidade, já que plantas polinizadas tendem a gerar frutos mais fortes e com mais sementes;

E o aumento da produtividade agrícola, com altos números em culturas de café, carambola, morango, pimentão e tomate.

Portanto, é muito importante que preservemos as espécies de abelhas nativas! Atualmente em declínio, suas populações enfrentam grande risco de extinção, afetando toda a vida vegetal e, consequentemente, fazendas que produzem alimentos. O primeiro passo para revertermos essa situação pode estar na escola!

Mas elas são indefesas contra outros insetos?

Engana-se quem pensa que as meloponíneas – chamadas de abelhas sem ferrão – são inofensivas, incapazes de se defender. Uma das defesas desses insetos é “morder” o intruso, prendendo-se a ele, e o indivíduo até morre para proteger a colônia.

Um estudo realizado por pesquisadores da University of Sussex, do Reino Unido, mostrou que, apesar de serem incapazes de ferroar como as abelhas da espécie Apis mellifera (a abelha africanizada), por terem o ferrão atrofiado, as abelhas sem ferrão apresentam diferentes mecanismos de defesa

Na espécie Trigona hyalinata, conhecida como guaxupé, as operárias chegam ao extremo de ter a cabeça separada do corpo, por não soltar a mandíbula, matando ou afugentando o predador ou saqueador. Morre, mas salva seus ninhos-colônias, onde estão o estoque de comida (mel e pólen), e a rainha que coloca os ovos para manter a colônia e as larvas que vão perpetuar a espécie.

A mordida dói?

A mordida delas dói menos que a ferroada de uma abelha africanizada, mas pode ser suficiente para defender a colônia, afastando o agressor. Os próprios pesquisadores se transformaram em cobaias, para medir o nível de dor causado pelo ataque de cada espécie de abelha sem ferrão.

Para tanto, os pesquisadores colocaram seu próprio braço na entrada da colônia, provocando as abelhas, como se fossem um agressor. Classificaram a dor que sentiram entre 0 (pequena beliscada) e 5, uma mordida que causa uma dor desagradável, capaz de romper a pele se for persistente, relata e acrescenta que eles verificaram que a mordida das abelhas do gênero Trigona é mais dolorida do que as outras espécies de abelhas sem ferrão. Na lupa, verificaram que elas possuíam mandíbulas serrilhadas, parecendo possuir cinco ‘dentes’ afiados.

Os pesquisadores resolveram testar a persistência das abelhas em defender sua colônia, cujo limite é o suicídio. Colocaram uma bandeira tremulando na entrada da colônia, aparentando um agressor. As abelhas ‘morderam’ a bandeira, prendendo-se a ela. Então, tiveram suas asas puxadas com pinças, para ver se largavam o agressor, ou se preferiam ficar sem as asas. As operárias de seis espécies de abelhas sem ferrão mais agressivas demonstraram disposição de sofrer danos fatais e morrer, mas não soltavam a bandeira.

Formas de proteção

As abelhas escolhem locais bem protegidos, dentro de ocos de árvores grossas, numa cavidade entre pedras, ou no alto de árvores, dificultando o acesso de predadores naturais como forídeos, formigas, lagartos, aranhas, pássaros, sapos, entre outros.

Porém, se o perigo for grande, as abelhas que percebem o risco – normalmente as guardiãs ou soldados – liberam substâncias voláteis, que alertam todos os demais membros da colônia. Esse alerta ajuda a formar um grande ‘exército’, que se une para combater o invasor. Algumas espécies, como a jataí (Tetragonisca angustula) possuem uma guarda reforçada perto do ninho, o que inclui uma ‘força aérea’ de guardiãs que sobrevoam permanentemente a entrada do mesmo, para detectar qualquer perigo à colônia.

Cuidados com o ninho

Há espécies de abelhas que, à noite, fecham a entrada do ninho com uma espécie de tela, que permite o ingresso de ar, mas impede a entrada de predadores. A teia é construída com cerume, que é uma substância formada pela mistura de cera e resina, que foram coletadas de plantas.

As abelhas vedam frestas no ninho com própolis, o que evita a entrada de predadores ou de microrganismos, como fungos ou bactérias. Algumas espécies de abelhas sem ferrão se defendem de invasores grudando bolinhas de própolis, em uma forma bem pegajosa, limitando os movimentos e podendo levar os agressores à morte.

Algumas espécies de abelhas sem ferrão possuem comportamento tímido e se escondem ao perceberem movimentação perto do ninho, com o objetivo de dificultar ao agressor a localização do mesmo.

Já outras espécies se defendem atacando os invasores. Voam ao seu redor, enrolam-se nos pelos e cabelos, mordiscando com suas mandíbulas. Espécies de abelhas do gênero Oxytrigona, produzem uma substância cáustica nas glândulas mandibulares, que causam dor em contato com a superfície do corpo, podendo ocasionar queimaduras.

Vamos conhecer algumas curiosidades sobre as abelhas sem ferrão?

1) São essenciais para a manutenção da biodiversidade

As abelhas sem ferrão apresentam papel estratégico na reconstituição de florestas tropicais e conservação de remanescentes florestais. São essenciais para a manutenção da biodiversidade, para a produção de alimentos e à vida humana, assumindo grande importância na manutenção da vida no planeta.

A principal função executada pelas abelhas é a polinização. Apesar de serem predominantemente conhecidas como produtoras de mel, as abelhas também fornecem cera, própolis, pólen, geleia real, entre outros, e podem ser criadas para a exploração destes produtos. “Economicamente, não são importantes somente pelos produtos que nos fornecem. Estima-se que um terço da alimentação humana depende direta ou indiretamente da polinização realizada por abelhas”, afirma a professora.

2) Constroem potes para armazenar o mel

Enquanto abelhas com ferrão (melíferas) armazenam o mel em favos, construídos no sentido vertical, as melíponas constroem potes para armazenar o pólen e o mel, feitos horizontalmente. É uma característica biológica das melíponas construir ninhos de formatos irregulares e diferenciados em cada espécie e é a entrada que projetam que as caracterizam. Pode ser um simples tubo, construído de cerume, por onde elas entram e saem e onde as abelhas guardiãs ficam de prontidão. Em algumas espécies, este tubo se alarga formando ampla plataforma, na qual as abelhas guardiãs ficam. 

Dentro dos ninhos, os alimentos utilizados pelas abelhas (pólen e néctar) são guardados nestes potes redondos ou ovais, feitos de cerume. “Pólen e néctar, geralmente, são armazenados em potes separados, mas há espécies que misturam os dois em um mesmo pote. E também podem ter forma diferente, sendo que os potes de pólen são cilíndricos e bem maiores que os de néctar, que são esféricos.

3) Comunicam-se por sinais químicos ou sonoros

Diferente das abelhas com ferrão, que se comunicam através de dança, as abelhas nativas comunicam-se por sinais sonoros e sinais químicos. As mamangavas, por exemplo, não produzem sons nem danças, sendo as abelhas mais primitivas quanto à comunicação.

4) São organizadas e unidas

Cada colmeia é constituída por uma abelha rainha, pelas abelhas operárias e zangões. A rainha é única, sendo a fêmea reprodutora do ninho, responsável por botar os ovos que vão originar os novos indivíduos da colônia, e pode viver de 2 a 3 anos.

As fêmeas operárias são estéreis, responsáveis pela coleta de material a campo, como pólen, néctar, própolis e barro e vivem, aproximadamente, de 40 a 50 dias. Dentro da colônia constroem as estruturas internas do ninho com cera que elas mesmas produzem, fazem defesa da colônia e ainda produzem geleia real para as larvas na fase inicial e para alimentar a abelha rainha por toda sua vida.

Os zangões nascem apenas para reproduzir, permanecendo dentro da colônia até se tornarem maduros e depois saem em busca de rainhas virgens para fertilizar. Enquanto as abelhas com ferrão são fecundadas por vários machos, as abelhas sem ferrão são fecundadas por apenas um macho.

5) Cada colmeia tem suas próprias peculiaridades

As abelhas operárias coletam o néctar das flores e dos frutos e, através do processo de ingestão e regurgitação, o néctar é transformado em mel pela ação de enzimas. Em seguida, se agrupam e batem as asas para que ocorra o processo físico, diminuindo a umidade do mel, podendo, assim, ser armazenado por mais tempo.

Cada colmeia de abelhas nativas tem suas peculiaridades. A Uruçú, por exemplo, tem entre 3 e 4 mil indivíduos e produz cerca de 8 kg de mel por ano. Já a colmeia de abelhas Jataí possui uma média de 5 mil abelhas e produz em média 1,5 kg de mel por ano em uma colônia saudável. No verão, algumas espécies percorrem até 3km em busca de alimento.

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