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Febre do Oropouche

O Amazonas declarou, no último domingo (4/3/24), que está passando por um surto da febre oropouche. Até o fim de fevereiro, o Estado já havia registrado 1.674 casos de febre oropouche, um aumento de 68% dos casos reportados no mesmo período do ano passado.

Apesar de os casos da doença se concentrarem na região norte do país, na última semana, um caso foi registrado no Rio de Janeiro pelo Instituto Oswaldo Cruz em um paciente com histórico de viagem para Manaus.

Esse foi o primeiro caso da doença diagnosticado no Estado.

A confirmação acendeu um alerta de que é preciso redobrar a atenção aos cuidados com o vírus e a prevenção contra os mosquitos.

O mosquito maruim, principal transmissões da doença, pode ser encontrado em vários Estados, a diferença é que ele não está infectado com o vírus. Portanto se essa infecção acontecer, a doença pode se espalhar para outras áreas.

Qual o risco de um surto de febre Oropouche no Brasil?

O vírus que causa a febre oropouche tem sua circulação principalmente em áreas de florestas, como a região Amazônica devido ao clima úmido. No entanto, ele vem se adaptando às áreas urbanas.

Segundo especialistas, o risco de o país enfrentar um surto da doença é baixo, mas essa hipótese não é descartada.

O vírus está mais presente na região Norte devido às características do ambiente, como umidade e com grandes áreas de mata. Portanto para se ter um surto no país, como acontece com a dengue, esse vírus teria que se adaptar às outras regiões. Se acontecer, vai demorar.

Para que um surto aconteça em outras localidades é preciso a combinação de dois fatores como: ter a transmissão importada (vinda através de um paciente infectado na região amazônica) e falha no diagnóstico da doença.

A falta de diagnóstico pode fazer com que o vírus contamine os mosquitos saudáveis de outras localidades, fazendo com que o vírus se espalhe. O mosquito maruim, por exemplo, pode ser encontrado em diversas regiões do país.

O vírus vem se tornando cada vez mais comum na região Norte e vem migrando rumo ao Sudeste do Brasil com pacientes importados, como é o caso do Rio de Janeiro. Por isso é necessário fazer o diagnóstico correto da doença para que o vírus seja identificado e isolado, evitando a proliferação dele.

O que é a febre Oropouche e como é transmitida?

A febre Febre Oropouche: essa doença pode ser confundida com a DENGUE, mas não é, vamos saber mais sobre o assunto: é uma doença causada pelo arbovírus Orthobunyavirus, transmitido pela picada de mosquito e pode infectar humanos e animais.

A identificação do vírus no Brasil ocorreu pela primeira vez em 1960, a partir de uma amostra de sangue de uma preguiça capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília.

A doença é transmitida pela picada do mosquito Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora, que está presente tanto em áreas silvestres como em áreas urbanas.

Nas áreas urbanas, o mosquito Culex quinquefasciatus, popularmente chamado de pernilongo ou muriçoca, também pode transmitir o vírus ocasionalmente.

Surtos foram relatados, principalmente nos Estados da região Amazônica.

Também já foram relatados casos e surtos da doença em outros países como Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela.

Um dos surtos, em 2010, que atingiu o Brasil e outros quatro países, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) descreve que foram afetadas pessoas de ambos os sexos e de todas as idades.

Após picar uma pessoa ou animal infectado, o mosquito permanece com o vírus no sangue por alguns dias. Quando esse mosquito infectado pica uma pessoa saudável, ele transmite o vírus, causando a doença.

Ciclos de transmissão conhecidos

A Febre do Oropouche apresenta dois ciclos de transmissão conhecidos: silvestre e urbano. Portanto no ciclo silvestre, primatas não-humanos atuam como hospedeiros, com o mosquito Culicoides paraensis sendo o vetor primário. No ciclo urbano, o homem é o principal hospedeiro, com o mesmo mosquito como vetor. Não há evidências de transmissão direta de pessoa para pessoa.

Os sintomas incluem febre súbita, cefaléia, mialgia e artralgia, podendo também apresentar tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos. Estudos relatam até 60% de recidiva nos pacientes, com retorno dos sintomas após 1 a 2 semanas.

O diagnóstico da FO é desafiador, especialmente durante epidemias de dengue, devido à semelhança dos sintomas. Portanto não há tratamento específico, apenas sintomático, com recomendação de repouso e acompanhamento médico.

O avanço do desmatamento e as alterações ambientais são identificados como fatores que contribuem para o aumento da incidência da doença.

Quais os sintomas da febre Oropouche?

Os sintomas da doença são semelhantes aos da dengue e incluem febre — temperatura entre 38 e 39.5°C —, dor no corpo e nas articulações, calafrios, dor de cabeça, náuseas, vômitos e diarreia. Portanto eles duram, em média, uma semana.

Apesar de os sintomas serem bem semelhantes ao da dengue, a febre oropouche é bem mais amena e melhora com o passar dos dias.

Consequências mais raras incluem complicações neurológicas, como encefalite (inflamação do cérebro) e meningite (inflamação da membrana que reveste o cérebro).

Diagnóstico da Febre Oropouche

A identificação da febre oropouche muitas vezes depende de exames específicos, como o PCR (reação em cadeia de polimerase), que permite a detecção direta do vírus. No entanto, apenas laboratórios de referência estão equipados para realizar essa análise. Como resultado, o diagnóstico muitas vezes é feito com base nos sintomas apresentados pelo paciente e em seu histórico de exposição a regiões onde o vírus é prevalente, como a região amazônica. Essa abordagem ressalta a importância da vigilância epidemiológica e do controle de vetores para prevenir a propagação da doença.

Qual o tratamento?

Não há um medicamento específico para tratar a febre oropouche, então o tratamento é focado em amenizar os sintomas da doença.

Pode-se usar analgésicos, antitérmicos e medicamentos para enjoo. Portanto não há remédios contra indicados para tratar os sintomas da doença.

Além dos medicamentos, é indicado também que o paciente faça repouso e cuide da hidratação.

Os médicos recomendam que a pessoa infectada use repelente para evitar ser picado por outros mosquitos no período de viremia – circulação do vírus no corpo – evitando que outros mosquitos se infectem com o vírus e a doença se espalhe.

Dados sobre a Febre Oropouche

O período chuvoso trouxe um novo alerta de saúde para Manaus, capital do Amazonas. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), a cidade enfrenta um aumento significativo nos casos de febre oropouche em comparação com o ano anterior. Portanto até o início de fevereiro deste ano, foram registrados 672 casos, três vezes mais do que os 217 casos registrados no ano anterior. 

Além disso, infelizmente, houve relatos de óbito, incluindo o caso de uma adolescente de 15 anos que faleceu devido à infecção simultânea de febre Oropouche e dengue. Os casos atuais estão predominantemente entre adultos jovens, com idades entre 20 e 59 anos, embora registros também tenham sido confirmados em todas as faixas etárias. Essa situação ressalta a importância da vigilância e medidas preventivas para proteger a população contra doenças transmitidas por vetores, especialmente durante os períodos de chuva.

EUA fazem alerta sobre viagens ao Brasil devido a dengue e febre Oropouche

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) emitiu um alerta de saúde de viagens para o Brasil em fevereiro de 2024, devido à Dengue e Febre Oropouche. Portanto o comunicado destaca que o Brasil foi incluído no nível 1 de alerta, o primeiro de uma escala que vai até 4, orientando os turistas a tomarem “precauções” relacionadas ao destino. 

O CDC recomenda que os viajantes verifiquem o site do CDC para obter mais informações sobre saúde durante a viagem ao Brasil e procurem assistência médica se apresentarem sintomas que causem preocupação. Portanto essa medida visa alertar e proteger os viajantes contra as doenças transmitidas por mosquitos, como a Dengue e a Febre Oropouche, que têm registrado um aumento significativo de casos no país.

Quais profissionais auxiliam nos cuidados e combate à Febre Oropouche e Dengue?

Profissionais da saúde, como médicos, enfermeiros e agentes de saúde, desempenham um papel crucial no cuidado e combate à Febre Oropouche e dengue. Eles estão envolvidos na identificação precoce dos casos, no tratamento dos sintomas e na orientação aos pacientes sobre medidas preventivas. 

Além disso, os profissionais de saúde pública, epidemiologistas e entomologistas trabalham na vigilância e controle de vetores, como os mosquitos transmissores das doenças. Educadores também desempenham um papel importante ao informar a população sobre métodos de prevenção e promoção da saúde. A colaboração entre esses profissionais é essencial para mitigar os impactos das doenças e proteger a comunidade. 

Política do governo

Diante da crescente preocupação com a FO, a investigação aprofundada dos casos e a estruturação da vigilância epidemiológica são essenciais. A conscientização pública e o reforço das medidas de controle de vetores são fundamentais para abrandar o impacto da doença. O Governo do Rio de Janeiro  reforça as ações desenvolvidas com atuação integrada para ampliar o conhecimento sobre a febre e subsidiar políticas eficazes de vigilância e controle, protegendo a saúde da população.

Como controlar o avanço da doença?

Para frear o avanço da doença é indicado que se elimine criadouros do mosquito como locais com água parada e também fazendo uso de repelentes.

Além disso, o Ministério da Saúde recomenda:

Evitar áreas onde há muitos mosquitos;

Usar roupas que cubram a maior parte do corpo;

Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.

Se houver casos confirmados na região, siga as orientações das autoridades de saúde local para reduzir o risco de transmissão, como medidas específicas de controle de mosquitos.

Manter o ambiente sempre limpo e não acumular lixo são ações importantes para evitar a proliferação dessa praga, porém a forma mais segura de evitar uma infestação é realizando a dedetização do local.

Os profissionais da Kioto realizam uma visita técnica, identificam a origem e o grau da infestação e enviam por e-mail o orçamento. 

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